São Roque de Montpelier, santo, peregrino, protetor contra pestes e doenças contagiosas

São Roque nasceu em uma família nobre e cristã. Após perder os pais, distribuiu seus bens aos pobres e partiu em peregrinação pela Itália. Durante surtos de peste, dedicou-se ao cuidado dos doentes, curando muitos com oração e o sinal da cruz.

Seu nascimento se deu por volta de 1295, em Montpellier, França e a morte foi em meados de 1327, em Voghera, Itália.

São Roque nasceu em uma família nobre e cristã. Após perder os pais, distribuiu seus bens aos pobres e partiu em peregrinação pela Itália. Durante surtos de peste, dedicou-se ao cuidado dos doentes, curando muitos com oração e o sinal da cruz.

Não há registros de escritos desse santo, mas suas ações de caridade e milagres durante epidemias são amplamente reconhecidos. Cuidava dos doentes mesmo com risco de contágio, sendo ele próprio infectado e milagrosamente curado.

É conhecido por ter como virtudes a caridade, humildade, fé, coragem, renúncia. Sua espiritualidade era de profunda devoção à Virgem Maria e confiança na providência divina. Dentre as qualidades reconhecidas estão a abnegação, compaixão pelos pobres e enfermos, espírito missionário, perseverança na fé.

Destacaria como mensagens centrais da sua história a de que fé e o amor ao próximo são mais fortes que o medo da morte ou da doença e a santidade que se manifesta no cuidado com os mais vulneráveis.

Viveu uma vida de santidade através da caridade e do sofrimento. Realizou uma peregrinação de devoção até Roma, dedicando-se a servir os doentes, durante uma peste que assolou a Itália. Contraindo também a doença, e vendo-se incapacitado de ajudar os outros, além de rejeitado e abandonado, decidiu engatinhar para dentro de uma floresta vizinha, onde um cão costumava lamber-lhe as feridas. Suportou dores terríveis com grande paciência e santa alegria, e aprouve a Deus restaurar sua saúde. 

Quando faleceu, seu corpo foi trasladado de Montpellier a Veneza em 1485, onde está guardado com grande honra em uma bela igreja, mas certas partes das suas relíquias são exibidas em Roma, Arles e diversos outros locais. 

Não encontrei registro formal de canonização por um Papa específico; tudo indica que foi canonizado por aclamação popular e culto antigo. É santo pela vida de caridade, milagres e testemunho cristão em tempos de peste.

Dentre os principais milagres atribuídos a ele, estão a cura de doentes com peste apenas com oração e o sinal da cruz e a cura própria após ser infectado, com ajuda de um cão que lhe levava pão e lambia suas feridas.

Sua virtudes heroicas seriam a caridade heroica, coragem diante da morte, renúncia total aos bens materiais.

A festa litúrgica de São Roque é no dia 16 de agosto. É muito venerado em regiões afetadas por epidemias, como Itália, França e Brasil, Conhecido como padroeiro dos doentes, cirurgiões, inválidos, prisioneiros, e protetor contra pestes. É mais venerado na França e Itália.

Oração tradicional:
“São Roque, que por amor aos doentes enfrentaste a peste, intercede por nós junto a Deus para que sejamos protegidos de toda enfermidade.”

Uma das poucas frases atribuídas a ele está a seguinte:
“A caridade é o remédio mais poderoso contra qualquer peste.”

Um fato curioso o de que um cão é frequentemente representado ao seu lado, por ter lhe levado pão e cuidado dele durante sua doença. Por isso, é também considerado padroeiro dos animais.

Fontes:

Vida dos Santos / Alban Butler; Tradução: Emílio Costaguá. – Dois Irmãos, RS: Minha Biblioteca Católica, 2021.

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